domingo, 19 de julho de 2009

Ética no esporte

A ética no esporte começa pela garantia do direito constitucional à prática esportiva, como recreação, atividade física e como iniciação. E por garantir condições equânimes para que todos que quiserem e tenham aptidões possam seguir a carreira de atleta.

O direito à atividade esportiva vem de a humanidade ter aprendido, ao longo da sua existência, que o esporte deve ser parte essencial na atividade humana. Primeiro, pelo papel que tem no desenvolvimento físico e intelectual das pessoas. Não é o caso, aqui, de apresentar dados resultantes de pesquisas científicas que comprovam este fato.

Além do mais, o desenvolvimento intelectual inclui a adoção de alguns valores como a solidariedade, a tolerância, o sentido coletivo, a cooperação, as normas da boa convivência e assim por diante. São conceitos éticos que se aprendem de outras formas, mas é através do esporte que eles vêm de modo mais espontâneo.

Isto posto, o assunto suscita um monte de outras questões importantes.

Moralização

Quando se fala desse tema, no Brasil, significa falar não apenas, mas principalmente de futebol. Em especial de dirigentes de entidades (federações e confederação) e de clubes, que mandam e desmandam num processo em que agremiações estão cada vez mais pobres e seus dirigentes cada vez mais ricos. Nosso futebol está desorganizado, quase indigente, por causa dessa gente.

Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), seu presidente, Ricardo Teixeira, usa a Seleção Canarinho do jeito que quer, para fins particulares. Contratos milionários (e nebulosos) com a Nike, fabricante ianque de materiais esportivos, e outros patrocinadores rendem milhões e milhões de dólares, cuja aplicação é toda hora questionada, inclusive em duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) do Congresso.

Teixeira tem um produto de ouro da mão e por isso não tem o menor interesse em resolver alguns problemas do nosso futebol. Um deles é o da evasão de jogadores. Basta ver que nossa Seleção inteira joga em clubes da Europa — é isso que dá visibilidade e cifrões a esses jogadores que, assim, formam um produto de ouro nas mãos da CBF.

Referências: http://www.vermelho.org.br/diario/2003/1005/jaime_1005.asp?NOME=Jaime%20Sautchuk&COD=2501

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